top of page

CURRÍCULO

FORMAÇÃO ACADÊMICA      

 

           Nelson Almeida Taboada, nascido em Salvador, no dia 17 de maio de 1941, estudou economia na Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal da Bahia, tendo sido diplomado aos 22 anos, em 18 março de 1964.                                             

 

 

VIDA ESPORTIVA

 

          Quando se formou, Nelson era uma celebridade em Salvador, pois se constituía num ás do automobilismo baiano, vencedor de diversas provas no Circuito da Barra. Contando com ampla cobertura dos jornais, as competições eram assistidas por multidões calculadas em torno de 20 mil pessoas, que deliravam com o desempenho dos pilotos mais ousados, vários deles vindos de outros estados. Entre os baianos, pontificavam Lulu Geladeira, Gugu Mendes, José Carlos Arléo (Foca), Gil Ferreira, Marcelo Lanat, Paulo Lanat, Lev Smarchewsky, Maurício Fainstein e o campeão Nelson Taboada, que competia desde os 17 anos, patrocinado pela Água Mineral Dias D’Ávila, empresa fundada pelo pai.

 

 

O GOSTO PELA PILOTAGEM

 

          O gosto pelos veículos motorizados começou aos 11 anos, quando aprendeu a guiar uma bicicleta a motor. Daí para a pilotagem de karts e automóveis foi um pulo. Aos 16 já dirigia caminhões, chegando a ser dono, antes de completar a maioridade, de uma frota formada por sete veículos, utilizados no transporte das caixas de água mineral, dos tijolos e telhas da Cerâmica Santa Maria, onde aprendeu a conduzir tratores e outros equipamentos pesados.

          Nas competições, começou no kart, tendo vencido provas nas pistas do Abaeté e no Parque de Exposições de Ondina. Porém, a consagração foi nas corridas de automóvel.

                                                              

O jornal A Tarde, na edição de 13 de janeiro de 1962, publicou uma retrospectiva esportiva do ano anterior, onde, depois de registrar que no dia 21 de maio de 1961 Nelson Taboada havia vencido a Grande Prova Automobilística da Barra, promovida pelo Automóvel Clube da Bahia, deu o seguinte destaque:

 

 

O VENENO

 

             Ao término de uma corrida, ainda com a cabeça quente e  inconformado com o segundo lugar, Paulo Lanat declarou aos jornalistas que o Nelson somente havia vencido por ter corrido com o motor de carro envenenado, o que era proibido pelo regulamento.

           A acusação teve repercussão. À noite, num programa esportivo da TV Itapoan, o piloto Lev Smarchewsky, que também participou da corrida, foi indagado pelo entrevistador, em tom provocativo:

                   - É verdade que o Nelson correu com o carro envenenado?

                   - É verdade sim!

                   - Então explique o que significa correr com o carro

                     envenenado?                                             

                   - É ter um bom piloto. No caso do carro nº 7, o nome do

                     veneno é Taboada.                  

 

           Pelo sucesso nas corridas de Salvador, Nelson Taboada recebeu uma proposta para pilotar profissionalmente, pela Simca do Brasil, filial da montadora francesa que se instalou com uma fábrica em São Bernardo do Campo, no ABC paulista. O primeiro modelo produzido foi o Simca Chambord, lançado em março de 1959, que se transformou num ícone da indústria automobilística brasileira.

            O êxito do carro de turismo da Simca levou o fabricante a criar o departamento de competições, para defender e promover a marca nas corridas que se multiplicavam pelo país. Nelson seria um dos pilotos da escuderia oficial, que estava formando várias equipes para participar das provas simultâneas, em cidades diferentes, que se constituíam numa vitrine para os veículos produzidos em série no Brasil.

             Nelson não pode aceitar o contrato – que exigia dedicação exclusiva, que implicava em fixar residência em São Paulo e que o obrigava a muitas viagens –, por dois motivos: o curso universitário em andamento, que não abria mão de concluí-lo em Salvador, e a atividade como empresário em franca ascensão.

            Apesar do sucesso e de um convite para se profissionalizar como piloto, Nelson retirou-se das pistas precocemente. A decisão decorreu de suas crescentes obrigações como empresário. Porém, não abandonou completamente o automobilismo de competição. Tornou-se cartola, passando a presidir a Escuderia AF, responsável pela revelação de uma nova safra de talentosos pilotos, com destaques, dentre outros, para André Burity, José Luiz Bastos e Johnny Brussel. A escuderia baiana participou de provas em Fortaleza, Recife e outras cidades brasileiras.

 

 

TREINAMENTO NA ITÁLIA

 

          O jovem economista, que trocou o volante dos carros de corrida pelo timão das empresas, foi o industrial selecionado pela CNI para representar o Brasil num curso da OIT, destinado a executivos de países em desenvolvimento. Durante três meses, de setembro a dezembro de 1967, Nelson frequentou o Centro Internacional de Aperfeiçoamento Profissional e Técnico da OIT, localizado na cidade italiana de Turim.

          Da mesma forma que havia se destacado como aluno brilhante, no Colégio Antônio Vieira e na Faculdade de Ciências Econômicas, Nelson fez um excelente curso na OIT. Isso lhe valeu, por recomendação do economista Mário Henrique Simonsen (futuro ministro da Fazenda), a indicação para representar o Brasil como delegado da CNI, numa reunião promovida pela OIT, em Turim, que discutiu a renovação dos convênios para aperfeiçoamento técnico de executivos dos países em desenvolvimento.   

 

 

MONZA

 

Aos 26 anos e há três afastado das pistas, encontrava-se em Turim, na Itália, cumprindo um curso da OIT, quando foi convidado para treinar na pista de Monza (a mesma usada pela Fórmula 1), pilotando um Fiat esporte preparado para competições. Embora estivesse impressionado os técnicos da equipe italiana, Nelson Taboada ficou só nos testes, pois, na verdade, não tinha nenhuma pretensão de voltar às corridas oficiais.

 

CURSO NA

ADESG

 

          Durante quatro meses, de abril a agosto de 1976, Nelson participou do VII Ciclo de Estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Adesg) e passou a integrar os quadros dessa importante entidade civil.

          Fundada em 7 de dezembro de 1951, a Adesg surgiu para congregar os diplomados da Escola Superior de Guerra e para oferecer aos civis ciclos de estudos de política e estratégias, iniciados em 1962. Os cursos tinham como meta propiciar aos participantes uma visão das conjunturas regional, nacional e internacional, tendo sempre em foco a segurança e o desenvolvimento do país, compatibilizando-os com a justiça social.

​

​

INDÚSTRIA

 

           Nelson começou a trabalhar aos 14 anos, na empresa da família, Irmãos Taboada & Companhia. Aos 17 assumiu o gerenciamento da Representações de Máquinas e Peças Ltda. (Remap), empresa idealizada por ele, mas que teve de ser aberta pelo pai, pois não podia figurar no contrato social por ser menor de idade. A Remap ganhou a representação na Bahia dos bicos injetores Detroit Diesel e de máquinas operativas, tendo na Petrobras o principal cliente.

          Depois, ingressou como sócio na Cerâmica Santa Maria, controlada pela Família Taboada, e passou a dirigir a indústria após um estágio na Cerâmica São Bernardo, em Jundiaí, São Paulo. Ao assumir o comando, a produção mensal era de 180.000 peças, passando um ano e meio depois para 1.300.000 peças/mês.

            Quando teve o domínio da realidade do setor da construção civil, Nelson visualizou que o mercado baiano se ressentia da oferta de produtos pré-moldados. Foi buscar no Sul uma marca conceituada, conseguindo-a por meio de uma parceria firmada com a Volterrana, detentora da tecnologia das vigas de concreto armado, de alta resistência. Obtida a franquia, foi implantada em Camaçari, no terreno da Cerâmica Santa Maria, a unidade de produção das lajes, sob a responsabilidade da Indústria Bahiana de Lajes (IBL). A aceitação e o sucesso das Lajes Volterrana foram imediatos, pois ofereciam as seguintes vantagens: rapidez, leveza e economia nas obras, com redução de até 45 % do custo em relação às lajes tradicionais (fixas) de concreto armado.

            Sempre viajando, para se atualizar com o desenvolvimento das construções nos países da Europa, Nelson vislumbrou novos horizontes e decidiu pelo lançamento de uma nova marca, com o nome da sigla da empresa, ancorada numa tecnologia alemã. Assim, saiu de cena a denominação Volterrana e entrou no mercado a marca IBL.

           Com uma grande fábrica no Centro Industrial de Aratu (CIA), a IBL deu partida ao processo que a levaria à condição de maior indústria de pré-moldados do Norte-Nordeste do Brasil. É da fase do seu vertiginoso crescimento que o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) elaborou e distribuiu, aos principais órgãos da imprensa nordestina, um release que um jornal da capital pernambucana publicou na página 8 do primeiro caderno, especializada em economia & finanças. Saiu com destaque, como principal matéria do dia. Ei-la, na íntegra:

DISCURSOS, ARTIGOS E PREFÁCIOS
LIVROS
Faça Download do Currículo
bottom of page